O tiroteio ocorrido na manhã desta quinta-feira no Complexo de Israel, na Zona Norte do Rio de Janeiro, resultou em três mortes provocadas por balas perdidas em diferentes vias expressas. A situação, desencadeada por uma operação policial na área, levou ao fechamento da Avenida Brasil por mais de duas horas, impactando severamente o transporte público e a rotina de milhares de cariocas.
Entre os mortos está Geneilson Eustáquio Ribeiro, de 49 anos, um motorista de caminhão de entregas que foi atingido na cabeça por um tiro que atravessou o para-brisa de seu veículo. Geneilson estava a cerca de dois quilômetros da Cidade Alta, na Rodovia Washington Luiz, quando o incidente ocorreu. Ele foi socorrido e levado a um hospital na Baixada Fluminense, mas não resistiu após passar por uma cirurgia.
Outro motorista, Paulo Roberto de Souza, de 60 anos, também perdeu a vida durante o tiroteio. Ele dirigia um carro de aplicativo e foi atingido por um tiro que entrou pelo vidro traseiro do veículo, enquanto trafegava pela Linha Vermelha, próximo ao Parque Duque, em Duque de Caxias.
O terceiro fatalidade foi Renato Oliveira, de 48 anos, que estava viajando em um ônibus da linha 493 (Central x Ponto Chic) quando foi atingido na cabeça por um tiro que entrou pela janela do coletivo. O incidente aconteceu na pista de descida da Avenida Brasil, também na altura da Cidade Alta.
O tiroteio foi desencadeado por uma reação de bandidos a uma operação policial na Cidade Alta, uma área conhecida pela intensa atividade criminosa. As balas perdidas afetaram motoristas e passageiros que, sem relação direta com a ação policial, se tornaram vítimas em locais distantes do foco do confronto. As distâncias dos locais onde as vítimas foram atingidas variam de 200 metros a dois quilômetros da Cidade Alta, demonstrando o alcance letal da violência na região.
O fechamento da Avenida Brasil e a interrupção dos serviços de transporte público, como BRTs e trens, evidenciam o impacto que a violência armada continua a ter sobre a vida dos cidadãos cariocas, trazendo à tona questões sobre a segurança pública e a eficácia das operações policiais nas comunidades.
A morte de Geneilson, Paulo e Renato gerou uma onda de indignação nas redes sociais e nas comunidades afetadas. Moradores e usuários do transporte público expressaram preocupação com a crescente violência e a falta de segurança nas vias expressas da cidade.
As autoridades ainda não se pronunciaram oficialmente sobre o ocorrido, mas a expectativa é de que investigações sejam iniciadas para apurar as circunstâncias do tiroteio e responsabilizar os envolvidos.