A poucos dias das eleições presidenciais nos Estados Unidos, a disputa entre Kamala Harris e Donald Trump se acirra, revelando um cenário extremamente competitivo em estados tradicionalmente republicanos e democratas. Segundo uma nova pesquisa da CNN, ambos os candidatos estão praticamente empatados na Geórgia e na Carolina do Norte, estados que podem ser decisivos para a vitória de qualquer um deles.
Na Geórgia, que desempenhou um papel crucial na vitória de Joe Biden em 2020, 48% dos eleitores afirmaram apoio a Trump, enquanto 47% estão inclinados a votar em Kamala Harris. Já na Carolina do Norte, estado que se manteve fiel aos republicanos nas últimas três eleições presidenciais, a situação é inversa: Harris tem uma leve vantagem com 48%, contra 47% de Trump. Esse equilíbrio mostra a dificuldade que ambos enfrentam para consolidar seu apoio nos chamados “estados-pêndulo” do sul dos Estados Unidos.
Cada um desses estados contribui com 16 delegados ao Colégio Eleitoral, tornando-os alvos de atenção intensa nas campanhas. A equipe de Harris, que recentemente visitou a Carolina do Norte, tenta garantir apoio em um estado abalado pelo furacão Helene em setembro, o que impactou diretamente sua população. A candidata democrata conta com o apoio de mulheres, eleitores negros e pessoas com ensino superior, enquanto Trump lidera entre homens e eleitores brancos sem formação universitária, em ambos os estados.
Além de questões econômicas, que favorecem Trump entre eleitores preocupados com a gestão financeira do país, o número expressivo de votos antecipados sugere um pleito disputado. Na Carolina do Norte, mais de 3,6 milhões de eleitores já votaram, enquanto na Geórgia o número chega a 3,4 milhões, revelando o engajamento dos cidadãos para garantir seu voto antes do dia 5 de novembro.
Nesta reta final, Harris e Trump também visitaram o Arizona e Nevada, onde o apoio dos eleitores latinos pode ser determinante. A disputa nesses estados, com suas próprias dinâmicas regionais, reforça um padrão de eleições passadas, nas quais vitórias foram conquistadas por margens mínimas, como a de Biden em 2020 na Geórgia e no Arizona e a de Trump em 2016 em Wisconsin e Pensilvânia.
Analistas apontam que, diante de um cenário tão fragmentado, a eleição de 2024 poderá ser decidida nos detalhes. A batalha nos estados-pêndulo mostra a intensa mobilização dos candidatos e evidencia a importância de cada voto nesta corrida que promete ser uma das mais disputadas da história americana recente.