O custo da cesta básica aumentou em fevereiro em diversas capitais brasileiras, e Natal, capital do Rio Grande do Norte, registrou um dos maiores percentuais de alta no Nordeste, com um aumento de 2,28% em relação ao mês anterior. A informação faz parte da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, divulgada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconómicos (Dieese) nesta segunda-feira (10).
No recorte regional, Natal ocupa a terceira posição entre as capitais do Nordeste com a cesta básica mais cara, custando R$ 648,58. O ranking nordestino é liderado por Fortaleza (R$ 710,66), seguida por João Pessoa (R$ 634,41). Recife (R$ 625,33), Salvador (R$ 628,80) e Aracaju (R$ 580,45) possuem os menores valores.
Assim como em outras capitais do país, o preço da cesta básica em Natal foi impactado principalmente pela alta no café, tomate e carne bovina de primeira. O café teve elevação de preço devido à menor oferta nacional e à alta demanda internacional, com variações significativas em todas as capitais analisadas. O tomate, por sua vez, foi afetado por problemas climáticos que reduziram a oferta e qualidade do fruto, enquanto a carne bovina segue com oscilações devido à dinâmica do mercado de exportação e abate.
Com o aumento do preço da cesta básica, os consumidores natalenses precisam gastar mais para manter a alimentação básica. Em um cenário de inflação e pressão econômica, a alta nos preços dos alimentos afeta diretamente o poder de compra das famílias, especialmente as de baixa renda, que destinam uma parte significativa do orçamento à alimentação.
Apesar da alta registrada, Natal ainda tem uma cesta básica mais barata em relação a muitas capitais do Sudeste e Sul. Em São Paulo, por exemplo, o custo médio da cesta chegou a R$ 860,53, sendo a mais cara do país. No outro extremo, Aracaju apresentou o menor valor nacional, com R$ 580,45.
O aumento dos preços em Natal segue a tendência observada no país, mas reforça a necessidade de medidas que garantam estabilidade econômica e proteção ao poder de compra da população. Com a cesta básica mais cara, o desafio para os natalenses é equilibrar o orçamento diante dos constantes reajustes dos alimentos.