Atitude ríspida de gestor penitenciário durante apuração de morte em Alcaçuz levanta debate sobre o respeito à liberdade de imprensa e a postura de agentes públicos frente a pastas tão importantes.
O diretor da Penitenciária Estadual de Alcaçuz, João Paulo, protagonizou um episódio lamentável ao destratar o diretor do portal PortalBO.com durante uma tentativa de apuração jornalística a respeito da morte de um detento ocorrida na manhã desta quinta-feira (01).
Por ocupar uma função pública, espera-se que o gestor, ao menos, informe com educação que não pode se pronunciar no momento, sobretudo em casos sensíveis que ainda estão sob apuração. Mesmo nesses contextos, é praxe que a autoridade oriente o repórter a procurar a assessoria de comunicação ou informe que uma nota será emitida posteriormente — o que, de fato, acabou ocorrendo por parte da SEAP, com a publicação de um posicionamento oficial nas horas seguintes.
O jornalista em questão, cuja identidade será preservada, é amplamente reconhecido como um dos maiores repórteres policiais em atividade no Rio Grande do Norte. Com quase 30 anos de trajetória ininterrupta na cobertura de segurança pública, afirmou: “Nunca, em toda minha carreira, fui tratado com tanto desrespeito por alguém que ocupa uma função pública. Esperava, no mínimo, um tratamento digno e compatível com a seriedade do cargo.”
Apesar do episódio, o profissional optou por relatar o fato de forma equilibrada, mantendo o compromisso com a informação precisa e respeitosa, como já é conhecido em sua atuação.
Segundo as informações repassadas ao contrapontorn.com, o caso aconteceu durante a apuração de mais um crime dentro de uma unidade prisional, situação que, além de alarmar pelas falhas de segurança, convida a sociedade a refletir sobre o preparo de seus representantes públicos e a importância do diálogo respeitoso com a imprensa, elemento fundamental para a construção de uma democracia transparente e minimante alinhada com os princípios éticos de um bom profissional.