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Em depoimento à Polícia Federal, Daiane Dias, ex-companheira de Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bomba ocorrido na Praça dos Três Poderes, revelou que desde 2022 ele alimentava planos violentos contra os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo Daiane, Francisco chegou a se hospedar em Brasília naquele ano com o objetivo de “observar a movimentação” ao redor dos prédios governamentais. Embora ela tenha conseguido dissuadi-lo em 2022, ele retornou à capital neste ano, aparentemente determinado a seguir com suas intenções.
Francisco se mudou para uma quitinete em Ceilândia em março ou abril de 2022, e foi ali que a polícia encontrou mais artefatos explosivos nesta quinta-feira, após a explosão de uma gaveta durante a inspeção feita por um robô antibombas da PF. De acordo com Daiane, ela havia convencido Francisco a desistir do plano, apelando para que ele pensasse no filho e na mãe. No entanto, em 2024, Francisco teria saído de Santa Catarina de forma “sorrateira,” dificultando uma nova intervenção dela.
Francisco Agia Sozinho, Diz Ex-Companheira
Ainda em depoimento, Daiane relatou que Francisco era uma pessoa muito desconfiada, preferindo agir sem envolver terceiros. “Ele não confiava em ninguém,” afirmou, indicando que o ex-companheiro não teria compartilhado seus planos com outras pessoas. Entretanto, ela ponderou que, durante os três meses que ele permaneceu em Brasília, Francisco poderia ter feito algum aliado.
Planejamento e Recursos
Daiane descreveu Francisco como alguém reservado, que se mantinha financeiramente por meio de aluguéis de imóveis herdados e de valores guardados de seu trabalho como chaveiro e da venda de bens. Apesar de questionada, a ex-companheira negou conhecimento sobre a aquisição dos artefatos explosivos ou que ele mencionasse tais itens.
Contexto e Investigações
O atentado ocorreu na quarta-feira (13) na Praça dos Três Poderes, gerando grande preocupação com a segurança das autoridades em Brasília. O caso continua sob investigação da Polícia Federal, que busca entender a extensão dos planos de Francisco e se ele contou com algum apoio no período em que esteve na capital.
A revelação de que o suspeito mantinha planos violentos desde 2022 levanta questões sobre a efetividade da prevenção e monitoramento de ameaças a autoridades públicas e reforça a importância de medidas de segurança contínuas no entorno dos prédios governamentais.