A Secretaria de Estado da Saúde Pública, Lyane Ramalho, inaugurou, no último dia 7 de fevereiro, o serviço da Barreira Ortopédica, que funciona no Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho, em Macaíba, com a finalidade de desafogar o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel. Detalhe: dias depois, a secretária entrou de férias, emplacou seu sucessor e deixou problemas crônicos por resolver.
Aberta no último dia 7 de fevereiro para atender os serviços de baixa e média complexidade da Região Metropolitana de Natal, a barreira ortopédica instalada pelo Governo do Estado em Macaíba ainda não realizou nenhuma cirurgia ou internação. Isso porque o centro cirúrgico do serviço, implantado no Hospital Regional Alfredo Mesquita, na Região Metropolitana, não está pronto.
Coube então a secretária adjunta de Saúde, Leidiane Queiroz, a tarefa de explicar o “tem, mas tá faltando”. Segundo Leidiane, a empresa contratada para gerir a Barreira Ortopédica está concluindo as obras no Centro Cirúrgico e o serviço só deve começar a funcionar em Março, um mês depois da inauguração.
Enquanto isso, o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel segue agonizando com a superlotação, corredores lotados, infraestrutura precária e sobrecarga de trabalho para os profissionais de saúde.
De acordo com Rosália Fernandes, coordenadora do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde do RN (Sindsaúde), até a manhã desta quinta-feira (20), havia 27 pacientes nos corredores do Walfredo. “A maioria, 90%, é de pacientes da ortopedia”, disse.
A barreira ortopédica é gerida por uma empresa terceirizada, contratada no início deste ano pelo Governo do Estado em caráter emergencial e por meio de dispensa de licitação. O valor do contrato, que tem validade de 12 meses e pode ser prorrogado por igual período, é de R$ 10,8 milhões. Os custos mensais do serviço são da ordem de R$ 900 mil. A empresa é a responsável pela implantação, gerenciamento e execução dos serviços de ortopedia de baixa e média complexidade. A terceirização dos serviços é vista com preocupação pelos sindicatos.