O Vasco da Gama atravessa um momento turbulento sob o comando de Rafael Paiva, e a recente derrota por 3 a 0 para o São Paulo em Campinas evidencia isso de maneira contundente. Com essa partida, o clube alcançou a marca de sete jogos sem vitórias, um cenário preocupante à medida que se aproxima da semifinal da Copa do Brasil, onde enfrentará o Atlético-MG em poucos dias.
A estratégia implementada por Paiva, que visava a titularidade de Philippe Coutinho e Payet juntos, não trouxe os resultados esperados. A intenção de controlar o jogo e ter mais posse de bola se mostrou insuficiente. Embora o Vasco tenha terminado a partida com 52% de posse, essa estatística não se traduziu em domínio ou eficiência. A apatia da equipe foi um ponto alarmante, e a fragilidade defensiva permitiu que o São Paulo explorasse as falhas na saída de bola do Vasco, resultando em um gol logo no início da partida, após um erro crucial de Léo Jardim.
O técnico, em sua coletiva pós-jogo, enfatizou a necessidade de o time “voltar a competir”, um apelo que parece não ter sido ouvido em campo. O desempenho de jogadores-chave, como Coutinho, que teve uma oportunidade clara de gol mas a desperdiçou, exemplifica a falta de precisão e confiança que permeou a equipe.
Outro aspecto a ser considerado é a escolha de Paiva em realizar apenas uma substituição ao intervalo, quando deveria ter buscado mudanças mais significativas para reverter a situação. A saída de Paulo Henrique, um dos melhores em campo até aquele momento, para a entrada de Puma Rodríguez foi, no mínimo, questionável e não contribuiu para a melhora da equipe.
Com a semifinal contra o Atlético-MG se aproximando, o Vasco precisa urgentemente de uma mudança de mentalidade e performance. A torcida aguarda uma resposta positiva, mas a continuidade do jejum de vitórias e as fragilidades expostas em Campinas levantam dúvidas sobre a capacidade da equipe de se reerguer a tempo. A próxima partida não será apenas um desafio esportivo, mas uma oportunidade crucial para que o Vasco reencontre seu caminho e prove que pode ser competitivo em momentos decisivos.
Em resumo, a derrota em Campinas foi um balde de água fria em um cenário já complicado. A pressão aumenta e o tempo é curto; o Vasco precisa, mais do que nunca, juntar os cacos e resgatar a garra que a sua torcida espera.