Apesar de uma nova faixa ter sido liberada para o tráfego de veículos na manhã desta segunda-feira (28), a lentidão na execução das obras da Ponte de Igapó continua sendo alvo de críticas da população e de motoristas que dependem diariamente da estrutura para se deslocar entre a Zona Norte e as demais áreas administrativas da capital potiguar.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) anunciou no fim de semana a liberação da terceira faixa de trânsito na ponte, sendo uma delas utilizada de forma reversível, de acordo com o fluxo em horários de pico. Apesar do avanço, a quarta faixa permanece interditada, com previsão de entrega somente para maio.
A liberação parcial, embora amenize o congestionamento crônico que afeta a ponte desde o início das intervenções, está longe de solucionar os transtornos enfrentados pelos usuários. Motoristas relatam diariamente longas filas, aumento no tempo de deslocamento e falta de sinalização adequada, problemas que vêm se arrastando ao longo da obra.
“A gente entende que obra é necessária, mas o ritmo é muito lento. E quem sofre é a população, que precisa atravessar a ponte para trabalhar, estudar ou resolver problemas no centro da cidade”, desabafa a comerciante Ana Paula Silva, moradora da Zona Norte.
A Ponte de Igapó é uma das principais ligações viárias de Natal, sendo estratégica para a mobilidade urbana. O serviço de manutenção e recuperação, no entanto, avança a passos lentos, sem cronograma detalhado de entregas intermediárias, o que aumenta a insatisfação popular.
Segundo o Dnit, os trabalhos seguem “dentro do planejado”, embora reconheçam que fatores climáticos e ajustes técnicos tenham influenciado no andamento da obra. Enquanto isso, a população se vê refém de transtornos diários e de um cenário de incertezas quanto à conclusão efetiva das intervenções.